Especialista afirma que Moro agiu corretamente
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Guilherme de Souza Nucci, do Tribunal de
Justiça de São Paulo, é especialista em Processo Penal e deu declarações ao
jornal O Estado de São Paulo
Especialista
em Processo Penal, o desembargador Guilherme de Souza Nucci, do Tribunal de
Justiça de São Paulo, disse que o juiz Sérgio Moro agiu corretamente ao negar o
alvará de soltura de Lula.
Um
desembargador de plantão pode decidir um habeas corpus apesar de não pertencer
à Turma preventa (responsável por um processo, no caso, a 8ª Turma do Tribunal
Regional Federal-4). Quem seria o magistrado competente para se manifestar
durante um plantão?
Esse
caso só virou essa novela porque, no Brasil, todo mundo acha que manda. O
plantão judiciário - de primeiro ou segundo grau - serve apenas e tão somente
para questões urgentes, decorrentes de fatos novos. Exemplo: o juiz de primeiro
grau acabou de decretar preventiva ou temporária. Assim, para não esperar o próximo
dia útil, o defensor vai ao plantão. Havendo Câmara preventa, a regra é que o
plantonista não se meta. Até por cortesia profissional e ética.
Um
habeas corpus não deve ser dado só quando há urgência e flagrante ilegalidade?
Excepcionalmente,
havendo fato novo, o advogado impetra novo habeas corpus. O plantonista, com
muita cautela, analisa. Em caráter excepcional pode tomar providência, como a
soltura. Nada disso aconteceu no caso Lula.
Ao
se negar a expedir o alvará, Moro agiu segundo o princípio de que não é
obrigado a obedecer ordem manifestamente ilegal?
Correto.
Como regra, ninguém é obrigado a cumprir decisão ilegal de qualquer autoridade.
Logo, Moro agiu corretamente ao dizer que o plantonista não é competente para o
caso. Aliás, devia ter dito que nem ele é. Essa decisão foi uma “barbaridade
jurídica”, que empobrece a imagem do Judiciário.
Se
quem mandou prender Lula foi a 8ª Turma do TRF-4, o juízo competente para o
habeas corpus seria o Superior Tribunal de Justiça em vez do plantonista?
A
decisão de prisão partiu da Turma do TRF-4. Então, questionamentos devem seguir
para o STJ e, depois, para o STF. Plantonista não pode mudar decisão de
colegiado. Jamais.
Cabe
abertura de processo administrativo para apurar a conduta do desembargador
Rogério Favreto, que quis soltar Lula?
Da
Redação
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:
Estadão Conteúdo
Blog
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