Disputa judicial é causa do fechamento da livraria Cultura no Bairro do Recife
Foto Livraria Cultura/divulgação |
O
secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, Bruno
Schwambach, explicou, neste sábado (07), que o fechamento da Livraria Cultura
do Paço Alfândega, no bairro do Recife Antigo, deve-se a uma disputa judicial
que se arrasta há 10 anos. O impasse vinha sendo travado entre os antigos e
novos proprietários e a livraria estava no meio, como inquilina do imóvel. Ele
contou que o fechamento do equipamento não se deve à crise econômica, como
muitos pensaram, e frisou que a prefeitura tentará encontrar outro espaço para
manter uma livraria na área.
"A
Prefeitura do Recife tem dado uma atenção muito grande ao bairro do Recife. A
gente está desenvolvendo um mapeamento da área e atraindo investimentos para o
bairro. Uma prova disso é o Moinho Recife, que vai ser um prédio totalmente
reformado. Estamos aprovando o processo de construção dele agora e a obra vai
começar no segundo semestre. Então, a gente está buscando vários atrativos para
o local onde a cidade começou", declarou.
Segundo
Bruno, a decisão judicial determinou que os atuais proprietários devolvessem o
prédio do edifício garagem, onde se localiza a Cultura, para o primeiro
proprietário, os que construíram o imóvel e o Paço Anfândega. "Isso
provocou a rescisão de contrato da livraria. A gente fica muito triste com o
fechamento, mas a gente tem trabalhado para ver se mantém esse ativo no bairro,
talvez num outro local, encontrar uma forma de manter um ativo tão importante
do porte da Livraria Cultura", declarou.
A
Cultura do Recife Antigo fechou nesta sexta-feira (06), no mesmo dia em que o
Brasil foi eliminado na Copa do mundo. A notícia foi um choque para os seus
frequentadores e funcionários. A livraria foi inaugurada em 2004 e ficou aberta
por 14 anos. Depois do fechamento da Livro 7, era uma espécie de oasis no
Centro do Recife para quem gosta de cultura. Lá, era possível consumir
literatura, música, ler jornais e revistas, estimular as crianças no caminho da
leitura, ou tomar um bom café - seja sozinho ou com amigos.
Quando
a loja foi inaugurada, não havia tanto impacto das mídias digitais. Ainda
assim, ela era uma sobrevivente num mundo tão digital. Vendia artigos
relacionados aos quadrinhos e video game, filmes e séries cults. Tinha sessões
de best sellers, era para todos os gostos, um catálogo elogiável. A unidade do
RioMar continuará a funcionar normalmente, mas o fechamento do imóvel no Bairro
do Recife vai deixar saudades. O nome dos três grupos que estão na disputa
judicial não foram divulgados.
DP
Da
Redação
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